Com data de 10 do corrente, a Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola EB 2,3 El-Rei D. Manuel I, de Alcochete, escreveu uma carta à ministra da Educação, cujo teor é o seguinte:
"Somos uma APEE cujas preocupações são semelhantes a outras que existem no país: actuar no âmbito da educação e com instrumentos adequados.
"Acompanhamos com a devida atenção, as promessas feitas no passado e no presente, pelos decisores e muitas delas não são convenientemente concluídas por imensas vicissitudes do processo, o que tem tido reflexos na formação dos jovens de ontem e nos de agora, provocando os atrasos sucessivos no desenvolvimento eficaz do País.
"Não é nossa pretensão abordar o tema de uma forma genérica, nem será certamente o meio adequado para o fazer; apenas pretendemos transmitir preocupações concretas.
"Fazemo-lo de uma forma responsável, depois de termos constatado que se esgotaram outros níveis de decisão; os mesmos que infelizmente e nalguns casos não compreendem qual o verdadeiro papel de uma APEE.
"A este propósito escusamo-nos de anexar documentação relevante porque consideramos ser dever da DREL informar a Senhora Ministra com total clareza e honestidade dos assuntos pendentes. O diálogo sincero, leal e construtivo com a DREL foi cortado a partir do momento que o seu responsável máximo ter entrado em incumprimento de promessas feitas em tempo oportuno e se a isto acrescentarmos, as respostas inqualificáveis que obtivemos estamos num beco sem saída.
"Sem mais delongas, enunciamos as nossas preocupações de uma forma sucinta:
"1. Estamos com 2/3 do ano lectivo percorrido e todas as soluções apresentadas para a escola possuir um apoio de psicólogo foram recusadas sem alternativa Quando nos referimos a esta competência, fazemo-lo nos diferentes patamares de intervenção que é sempre necessário. Procurámos encetar iniciativas com outras entidades externas à escola, as quais foram recusadas totalmente.
"2. No ano 2002, foram protocoladas intervenções que envolviam para além do pavilhão desportivo o arranjo dos espaços exteriores; no entanto, prossegue o incumprimento do protocolo.
"3. Fomos informados de que as obras a executar no refeitório estão adjudicadas no entanto, não há previsão para o seu começo, muito provavelmente não serão feitas no decorrer do ano de 2007.
"4. A escola não possui um posto de socorros minimamente eficaz. Nem sequer é possível entrar com uma maca no espaço existente. Se ocorrer uma situação mais gravosa, quem assumirá a responsabilidade? Da nossa parte saberemos de quem apresentaremos queixa.
"5. Estamos a seis meses do começo de um próximo ano lectivo. No final do ano transacto solicitámos à DREL que fossem assumidos compromissos que possibilitassem a construção de mais um bloco de salas de aulas, atendendo à ruptura de espaços que se previa ocorrer. Situação que foi ultrapassada, por não se ter atingido o limite, mas prevê-se que este ocorra no próximo ano lectivo. Preocupa-nos nada ser feito atempadamente.
"Estas são as situações que entendemos mais urgentes e que carecem de respostas eficazes para solucionar os constrangimentos até agora ocorridos ou que venham a acontecer a curto espaço de tempo.
"Estamos certos que esta carta merecerá a maior atenção da senhora Ministra que aproveitará a oportunidade para demonstrar que as suas palavras e promessas não são contrárias à prática que a educação e a escola precisa.
"Esta APEE já no passado deu mostras que não existem barreiras intransponíveis, mas também não tomaremos outras acções sem antes ouvir os argumentos dos primeiros responsáveis políticos pela educação no Pais.
"Com os nossos melhores cumprimentos e ficando na expectativa de uma breve resposta ao acima exposto, subscrevemo-nos",
O Presidente da Direcção
Zeferino Boal
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