28 dezembro 2005

Antes que seja tarde...


Leiam aqui o artigo «Obras Públicas: Simbolismo e Tradições», escrito por Manuel Dinis, apenas identificado como professor e advogado.
Após as recentes eleições locais, nitidamente este cidadão tem-se desmultiplicado em artigos de opinião nos órgãos regionais. Não vem daí mal ao mundo, sendo apenas de lamentar a ausência de intervenções regulares no mandato 2002/2005, enquanto eleitos do partido a que pertence estiveram no poder e se portaram tão mal que, sem contemplações, os cidadãos os despediram a 9 de Outubro passado.
A coerência é algo que se exige às pessoas e as distingue dos outros seres vivos, inclusive a um quadro superior do município de Alcochete que parece aspirar a voar alto, em 2009, via PS local.
O texto acima referenciado tem duas partes distintas. Na introdução há, em meu entender, uma crítica implícita à construção do fórum cultural de Alcochete, obra emblemática mas caótica do último mandato, a tal ponto que o Tribunal de Contas não autoriza o pagamento dos trabalhos a mais e faltava, há poucas semanas, negociar com o legítimo proprietário a posse de terrenos necessários à construção dos acessos.
Isso e a "oferta" do esboço do edifício, a inexistência de autorização para a sua implantação na ZPE do Tejo, o laxismo do Estado, a elaboração do projecto e a construção de um "elefante branco" que mesmo encerrado custa 2.000 contos por mês (fora o que será necessário gastar quando a corrosão afectar os metais que predominam no exterior) mereciam um livro.
Na segunda parte do tal artigo apresentam-se sugestões que deveriam merecer ponderação se e quando houver Conselho Municipal, prometido pela actual maioria municipal. Esse é, de resto, um capítulo oportuno do texto.
Gostaria de ter lido este texto de Manuel Dinis há ano e meio, quando poucos ousavam avisar que o fórum era um disparate e foram apelidados de Velhos do Restelo. Disse-o eu também a quem de direito, sugerindo em vão que o fórum, a biblioteca e o museu municipal fossem agregados num complexo único, pois conheço seis fóruns municipais normalmante encerrados por falta de dinheiro e de iniciativa para os manter em funcionamento regular e as únicas infra-estruturas do género com visível utilidade são polivalentes, tendo normalmente associados museu e/ou biblioteca pública.
Aqui preferiu-se pensar pouco mas em grande, pelo que, proximamente, em vez de um haverá dois "elefantes brancos".

2 comentários:

Unknown disse...

Faço-me subscritor do texto que comento.
O Dr. Dinis não está sozinho e tem um projecto cuja consecução, infelizmente, é viável numa terra com as características de Alcochete.
Lá para a Primavera todos ficaremos a saber, mas para mim tudo é claro há algum tempo.

Unknown disse...

Os autarcas da cidade vizinha jamais poderão projectar o destino da terra de Alcochete.
O destino só é sinónimo de liberdade quando somos nós a fazê-lo.