Em vários residentes de Alcochete, com quem tenho conversado nas últimas semanas, cresce a impressão de que, ante o conjunto de problemas acumulados, o silêncio e a inércia político-partidária, cidadãos independentes, com experiência de vida, honestos, descomprometidos com o sistema e alheios ao estado actual das coisas poderiam, em 2009, virar do avesso a gestão autárquica, imprimindo um novo rumo de utilidade e dignidade aos órgãos do poder local.
A verdade é que acabamos mal o ano, a exemplo do anterior: com um poder manietado, autista e sem oposição. E esta nada produz, nem sequer ruído.
Creio que esse estado de espírito será ainda influenciado pelos mais desencontrados boatos, envolvendo figurões do poder local, que não deveriam assobiar para o lado se deles têm conhecimento. Se os desconhecem perguntem por aí, pois em nenhum lado é tão fácil avaliar o ambiente que nos rodeia como em Alcochete.
Esse é o preço a pagar sempre que o poder vegeta numa torre de marfim e dedica 99% do seu tempo a autopromover-se.
2 comentários:
Se esses "cidadãos independentes" pusessem à cabeça deles Carlos Cortes, eu poderia duvidar das dúvidas que sempre coloquei a listas independentes.
Não estou a pôr-me em bicos dos pés porque isso seria muito feio. Estou a fazer um grande esforço para condescender perante o meu próprio pensamento político de há meia dúzia de anos a esta parte.
Politicamente, o que penso é que o PSD-PPD e CDS-PP locais se deveriam congregar numa única lista e tentar arrancar o poder aos comunistas. Porém, não me quero enquistar absolutamente nesta posição. Em política, como em todos os sectores da vida, não devemos fazer prevalecer a nossa subjectividade, mas adequar honestamente o nosso "eu" à realidade.
ADENDA
Homens que fariam sofrer as populações do Concelho de Alcochete muito mais que comunistas e socialistas perfilam-se para a escalada do poder local, mas em tempo oportuno denunciá-los-ei publicamente.
A um deles, numa saga nem sempre vista em Alcochete, o Desportivo já deu resposta há poucos anos atrás. Quanto a outros, toupeiras manhosas, verdadeiros indigentes da vida, caem para qualquer lado, pois o que os anima é a própria vidinha, nunca o interesse colectivo.
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