O paradigma dominante em ciência assenta na separação sujeito/objecto. Este dualismo, há séculos ensinado nas escolas, é responsável pela nossa visão do mundo aos pares. Mas até o calhau, como sabe qualquer geólogo, simultaneamente recebe e emite informação, logo é simultaneamente sujeito e objecto.
Se eu com o outro, com o tecto da minha cabeça e o chão dos meus pés me posicionar numa envolvência unitiva, anulo a separação sujeito/objecto (observador/observado) e instauro uma nova racionalidade que traz o fim de um mundo e o princípio de outro.
E no que consiste essa nova racionalidade? Consiste em fazer cruzar a minha subjectividade com tudo o que me é exterior. Aqui não pode haver discriminação de raça, classe, sexo, etc. É isto que poderá ser feito para, pelo menos, relativizar o método cartesiano em ciência e elevar o sinal da Cruz de Cristo que é o sinal da Vida desde toda a Eternidade: união pelo amor do Sujeito Supremo com a multiplicidade das coisas que d'Ele saem e n'Ele estão.
A Cruz de Cristo, imagem visível do Deus Uno e Trino, é porta para o Amor e também chave metodológica para a compreensão científica do Universo. Bastaria que voltássemos costas à árvore da ciência do bem e do mal a favor da árvore da Vida.
2 comentários:
É preciso, no campo da ciência, lutar pela emergência de um método científico que integre o melhor do paradigma dominante e o supere a favor de uma nova metodologia de investigação.
Eu não estou a defender a substituição de um método em ciência de domínio do homem sobre o homem por outro igual, uma vez que sou defensor da coabitação de diversas racionalidades, excepto as que prejudicam a marcha da humanidade para a dignificação total. É que existem construções teóricas que atentam contra a humanidade, a saber, o fascismo, o nazismo, o comunismo, tudo socialismos de nação, de raça e de classe respectivamente.
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