Volta a face, mulher, levanta as mãos,
Respira fundo, grita forte e alto,
Que o mundo inteiro oiça, dá o salto,
Sê sujeito de novos trilhos sãos.
Esposa, mãe, irmã de rosto ao vento,
Assim te quero ver, mulher-pessoa
Que o desmando do tempo hoje perdoa
Para enfim mitigar o sofrimento.
No corpo teu que miro o duplo espreita
Invisível somente a homem duro
Que da vida o mistério não respeita.
Mulher, poder brutal o denuncia
De homem desencontrado de si próprio
Por viver em contínua hipocrisia.
Autor do soneto: João Marafuga
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