Mas afinal, a categoria de género é um títere e o grande titereiro é o poder patriarcal. Se eu tenho alguma razão, estamos perante o espectáculo. Isto é tanto mais grave quanto me parece que só o espectáculo é real. Mas o que é o real?
O real é o que faz o pensamento. Se são os homens os que fazem o pensamento das mulheres, estamos perante a ausência de pensamento a favor do domínio deles sobre elas.
As mulheres têm que ser sujeitos dos próprios guiões tal como os homens são sujeitos dos guiões deles. Não há mal que os homens sejam sujeitos dos guiões deles. Não podem é impedir que as mulheres reivindiquem ser sujeitos do próprio destino.
Para que o destino de homens e mulheres se oriente à liberdade, homens e mulheres têm que se encarar como pessoas, palavra arredada do discurso feminista.
Por exemplo, se ao longo destes textos eu tenho dado algumas provas de autoridade, as pessoas reconhecem essa autoridade. Na verdade, o homem de autoridade é o homem inteiro, nunca o meio homem.
Por outro lado, ninguém poderá aproveitar a capacidade de amor de uma mulher para exercer domínio sobre ela. Esta é uma das mais recentes estratégias do poder patriarcal que é um espectáculo de homúnculos.
2 comentários:
A ideia de que o poder patriarcal arrasa só as mulheres é uma ilusão. O poder patriarcal está mancomunado com qualquer poder instalado, independentemente da ideologia, e abate todo aquele ou aquela que se lhe meta no caminho.
O poder patriarcal vem da bruma dos tempos, atravessa todos os sistemas económicos e nunca esteve tão forte como nos nossos dias, vendendo sempre gato por lebre.
Não quero que ninguém pense coisas que eu não disse. É evidente que quanto a AUTORIDADE tanto a podem ter homens como mulheres. O problema é que as feministas radicais não suportam os espaços de autoridade masculina, por exemplo, a Festa Brava.
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