Perante o ataque descabelado à Festa Brava, urge quanto antes detectar o inimigo porque sem tal urgência estratégica os amantes da tourada arriscam-se a perder esta guerra.
O inimigo da Festa Brava é toda a esquerda escudada por vários grupelhos que lhe estão arregimentados.
Mas por que razão essas organizações que têm o beneplácito da esquerda atacam a Festa Brava?
Na verdade, sem se perceber as causas do ataque à Festa Brava, esta não pode ser defendida.
A Festa Brava é atacada ferozmente porque exalta o valor do esforço individual, virtude que se opõe à progressão do marxismo, "filosofia" comum ao comunismo e socialismo.
De facto, todos os intelectuais de esquerda destilam ódio contra a Festa Brava. Um desses intelectuais, sobejamente conhecido, foi José Saramago, assumido comunista, em Memorial do Convento.
Entre os políticos, um dos ataques mais recentes veio do deputado socialista Defensor de Moura, pretenso candidato a Presidente da República, que ameaçou levar à Assembleia da República um projecto para abolir as touradas em Portugal.
No meio disto tudo, o que me parece assustador são aquelas vozes que gritam: "não misturem política com toiros". Então não se está mesmo a ver que todo o ataque à Festa Brava é eminentemente político?
Há também pessoas que afirmam gostar da Festa Brava e ao mesmo tempo também afirmam a preferência pela esquerda, quando esta é a verdadeira inimiga da Festa Brava.
Amar a Festa Brava e estar do lado da esquerda é uma contradição abjecta, uma vez que se politicamente não combatermos a política que está por trás do ataque à Festa Brava, esta sofrerá um rombo grande do qual só por milagre se salvará.
Hoje, não é possível defender a Festa Brava sem uma sólida consciência política. Quem não se convencer da justeza deste ponto de vista, faz o jogo do inimigo.
Pensar que os activistas que estão contra a Festa Brava são movidos pelo dó que sentem pelos animais é o cúmulo da ingenuidade.
A Festa Brava é atacada pela mesma razão que é atacado o testemunho público da Fé, caso, por exemplo, das procissões. Na verdade, o que timbra a Festa Brava é o incontornável fundo antropológico também comum à Religião tão odiada pelas esquerdas. Eis por que estas não podem com a Festa Brava.
Mesmo quando quem está a tourear em cima de um cavalo é uma mulher, é à epopeia da virilidade que assistimos. Ora é essa virilidade que pretendem deitar por terra e degenerar os seres humanos, diluindo a individualidade masculina e a feminina numa ambiguidade sexual que sempre caracterizou as sociedades em decadência.
Verifique-se, por fim, que o ataque à Festa Brava, em termos estruturais, está na mesma linha do ataque àqueles que estão contra o abortismo, o feminismo radical, o homossexualismo, etc., porque também aqui são os argumentos com base nas emoções que avançam em detrimento da razão.
Em conclusão, a Festa Brava não se defende nem com má educação nem com paninhos quentes. Sem cairmos na irracionalidade dos detractores da Festa Brava, devemos ser enérgicos porque a defesa da Festa Brava é uma alavanca para a defesa da nossa liberdade.
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