22 janeiro 2011

A Farda do Forcado


Dedico este texto ao grande forcado alcochetano António José Pinto.
Será que a partir da farda do forcado - jaqueta, barrete, cinta, etc. - eu posso catapultar-me para a defesa da Festa Brava? É que nós temos que continuar neste afã de nos questionarmos por que razão esta é tão insanamente atacada nestes tempos.
Mas antes de entrar propriamente no meu texto de natureza ensaística, eu devo apressar-me a declarar, assegurando a inteligibilidade do mesmo, que vejo na revolução o mal e na contra-revolução o bem.
Nesta conformidade, posso avançar já com a ideia de que há uma incompatibilidade doutrinária entre a revolução e qualquer farda.
A farda, pela sua simples presença, afirma implicitamente algumas verdades, embora genéricas, de índole contra-revolucionária.
De facto, o forcado dá-nos a lição de que existem valores que importam mais que a própria vida e pelos quais se deve morrer. Ora isto é contrário à mentalidade socialista (lato sensu), toda feita de horror ao risco e à dor, de idolatrização da segurança e de supremo apego à vida terrena.
Por outro lado, a forcadagem é defensora de uma moral por estar totalmente fundada sobre ideias de honra, de força posta ao serviço do bem e dirigida contra o mal.
O que acabo de dizer é mais uma achega para vermos as razões que levam a revolução a atacar tão desordenadamente a Festa Brava, inserindo-se esta no universo contra-revolucionário por travar a progressão dos socialismos.

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