02 janeiro 2011

Ainda sobre a aliança estratégica das esquerdas e Islamismo

O Islamismo não é contrário à propriedade privada porque defende o mercado livre. Todos sabemos que este não existe sem aquela.
O que o Islamismo quer é submeter o mundo à Sharia, a lei islâmica.
O crente do Islão crê que tem acesso directo ao Absoluto. Esta crença, atenuada no Cristianismo pela fé no Mediador Jesus Cristo, reflecte-se na própria conduta do fiel a Alá, propenso à posição absoluta face a todas as dimensões da vida.
Esta mundividência, dada ao homem pelo Islão, posiciona-se na onda dos totalitarismos tão prezados por não poucos parasitas do capitalismo, caso de megacapitalistas ou, talvez melhor dito, metacapitalistas que vêem nos socialismos, tendo a aquiescência destes, o instrumento ideal para a consecução e execução dos planos mais macabros que hoje pesam sobre as cabeças dos homens e mulheres de todo o mundo.
Evidentemente que para quebrar o capitalismo normal (sujeito a normas), urge desfalcar os consumidores porque são estes que dão vida àquele, razão por que é defendida a redução drástica da população mundial, estando toda a liberalização sexual, por mais incrível que pareça à primeira vista, a favor dessa mesma redução.
Por outro lado, a admissão do mercado livre por parte da lei islâmica vai submeter-se à liberdade da Sharia que não é igual à liberdade do mundo cristão. Assim, poderá haver mercado, mas não aquele, que hoje, entre nós, é uma garantia de direitos individuais.
Se o destino da Humanidade fosse este, voltaríamos, mutatis mutandis, à Idade Média, isto é, ao domínio de alguns senhores sobre os servos que bastassem.
Não vou apresentar a vasta bibliografia, parte da qual possuo, que sustenta todas estas ideias. São autores de todo o mundo, homens do mais alto gabarito intelectual, espalhados pelas universidades dos cinco continentes.
No entanto, não resisto a informar que um dos grandes sábios que mais contribuiu para despertar a minha consciência política foi Eric Voegelin.

1 comentário:

João Pinho disse...

Com a devida deferência e sem ironia, reitero-lhe que o sentido dialéctico de evolução da história da humanidade torna inverosímil o retorno aos tempos da organização social vigente na Idade Média, mesmo que esta seja visionada numa perspectiva "melhorada" e nela integrado todo o conhecimento científico e tecnológico contemporâneo. O motor da história não vai por esse caminho, as dificuldades que o Islão coloca hoje ao mundo e respectivo desenvolvimento civilizacional serão certamente superadas...tal como o serão o preocupante aumento demográfico e a sua exponencial pressão sobre os recursos do planeta, cada vez mais escassos.
Acreditemos no Homem e na sua infinita capacidade de regeneração...afinal tem sido assim desde os primórdios até aos nossos dias, apesar de todos os profetas da desgraça que periodicamente se vão atravessando.

Elogio a indiscutível qualidade do(s) autor(es) que contribuíram para o despertar e formatação da sua consciência filosófica e politica; no meu caso concreto, mais humilde, tem sido a Universidade da Vida a grande e principal formadora da minha consciência espiritual,cívica e politica, a qual, mesmo sendo homem já maduro, ainda me vai dando grandes ensinamentos de natureza vária...

Só mais uma coisa...se os socialistas israelitas seguissem as suas teses (associação do socialismo ao Islão), há muito que o Estado de Israel tinha tido o seu final....

Sr Marafuga,
Por último,dizer-lhe que sobre esta temática, "as esquerdas e o Islão" não tenciono mais intervir( salvo motivos ponderosos), isto, por um lado, no respeito pelas suas conhecidas concepções e, por outro, para abrir espaço a outras correntes de pensamento, eventualmente de melhor qualidade, que porventura possam vir a arguir consigo, enriquecendo o debate que o blog promove.
Com a atenção que merece, subscrevo-me...