A Igreja está a fazer um peditório à população para as Festas de São João (24 de Junho).
Todos deveríamos contribuir, mesmo que seja com pouco: um euro para as Festas de São João é um euro para a nossa liberdade.
A prática do peditório está-se a esvair com manifesto prejuízo para a cultura do povo, fortaleza da ordem, segurança e liberdade.
É evidente que se encarregarmos o poder de tudo, o poder acabará com tudo...até ele, poder, se erguer por cima de todos como o único senhor.
Também devemos, cada um conforme possa, contribuir para as Festas do Barrete Verde e das Salinas para que as grandes Festas da nossa terra não se transformem nas festas da Câmara.
Um dia que sejam da Câmara as Festas do Barrete Verde e das Salinas, estas até poderão continuar, mas à alma das mesmas ser-lhe-à dada a morte lenta.
Eu sei o que estou a dizer porque tudo o que leio sobre as esquerdas em várias línguas não me deixa chegar a outra conclusão.
Basta que nos agarremos ao sangue do nosso sangue para que também nos agarremos à cultura de raiz popular como verdadeira tábua de salvação.
1 comentário:
Nada está na sociedade que não tenha estado antes na Literatura.
Quando Pedro da Maia, abandonado pela mulher, entrega o filho ao pai e se suicida, Afonso da Maia educa o neto «à inglesa», contratando um preceptor vindo de Inglatera, o Brown, contra a opinião de todos os amigos da casa, nomeadamente o abade. Pondo este em causa a instrução dada ao menino Carlos, Afonso replica-lhe: «a instrução para uma criança [...] é saber factos, noções, coisas úteis, coisas práticas...». Esta redução de toda a realidade a uma das suas parcelas, de cariz positivista, nunca foi tão longe na sociedade como hoje e é uma das grandes causas do nosso desnorte e sofrimento.
A moral está arredada. O menino Carlos haveria de praticar a virtude por amor da virtude. Era como se eu fosse, como sou, um homem de fé por amor da fé, sendo esta, portanto, finalidade e "terminus" de si própria. Absurdo!
O absurdo foi que, quando Carlos soube que estava a ter relações sexuais com a irmã, ainda assim, depois desse conhecimento, manteve essa prática como se nada soubesse. Porquê? Porque a personagem representa todo o carácter destituído de moral...palavra que não fazia parte do vocabulário de Afonso da Maia.
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