Mais uma das inúmeras vítimas do comunismo no dealbar da 2ª década do séc. XXI.
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Desde a revolução russa de 1917 até ao genocídio cambodjano perpetrado por Pol-Pot (1928-1998) decorre, a bem dizer, todo o séc. XX cuja sanha comunista matou para cima de cento e trinta milhões (130.000.000) de pessoas, o equivalente, pelo menos, às populações de Portugal, Espanha, França...
Perante esta realidade que tem o cuidado de evitar exageros, cujas fontes são milhentos sítios na Internet e uma bibliografia quase infinita, eu pergunto: quando um votante crónico do PCP me lê, que pensa ele de si para si? É evidente que vou morrer sem saber, mas o que me ocorre à mente é que esse vontante do PCP não acredita no que vê, mas no que lhe é dito. E pronto: Liu Xiaobo, Prémio Nobel da Paz/2010 é um criminoso de delito comum. E não é verdade que o PCP disse que a atribuição do Nobel da Paz a Liu Xiaobo é "inseparável das pressões económicas e políticas dos EUA à República Popular da China"? (e.expresso, 11 de Out./2010). Que mais há a dizer?
Mas pergunto-me outra vez: quem é este criminoso de delito comum que tem a força de emparceirar com as pressões económicas e políticas à China?
A força de Liu Xiaobo assenta na defesa dos direitos fundamentais, nomeadamente da liberdade de expressão; na defesa da democratização da República Popular da China e em desfavor do sistema de partido único; na defesa da liberdade de associação e independência do poder judicial, etc.
Na verdade, para Liu Xiaobo, intelectual de coragem ímpar que sacrifica a vida pelas próprias convicções, não há justiça porque é um dissidente e "dissidentes são os que insistem em desafiar publicamente o poder do Partido Comunista. Para eles não há justiça" (e.expresso, 8 de Out./2010).
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