Ainda não li em lado nenhum, uma explicação ou interpretação sobre uma questão tão visível nas listas da CDU. Como tal, expresso algumas reflexões para quem saiba e/ou tenha a coragem de explicar aos eleitores: por que razão um tradicional elemento na Vereação da CDU e actual número dois na Câmara Municipal é "chutado" para nº 2 da Assembleia Municipal? E vou ainda mais longe, como se compreende ter sido substituído pelo actual nº 4, José Luis Alfélua. Outra situação percebo e deriva da Lei das quotas relegar para nº 4 o actual nº 3, Paulo Machado.
Mas, o que deveria ser explicado aos eleitores com clareza e transparência é a exclusão na lista de candidatos a vereador do actual nº 2.
Não venham com a história da renovação, porque então não apresentavam o "velho dinossauro" Álvaro Costa na lista de candidatos a vereador.
Será que algo se relaciona com a boa ou má gestão das obras que estiveram sobre a sua responsabilidade durante este mandato.
Há outros ruídos que afirmam que se o António Luís tivesse sido Vereador executivo no anterior mandato de maioria socialista não destoava nada nos pontos de contacto.
Qual o fundamento de todas estas reflexões?
E o que dirão os responsáveis políticos de outras candidaturas que continuam a gerir o silêncio total?
14 comentários:
Esta questão levantada aqui por Zeferino Boal é deveras pertinente.
Conheço o António Luís (o Tó Luís) desde que ele era pouco mais do que uma criança.
Das reminiscências que eu tenho na minha cabeça sobre António Luís, ele teria entrado no PCP com alguma relutância. Nessa altura, tudo o que o nóvel comunista tinha na cabeça pouco mais era do que o que o sr. seu pai lhe tinha ensinado. Até aqui tudo bem. Mas quando José Inocêncio bate os comunistas, António Luís aproveita o interregno para uma reflexão à vida dele e para se valorizar intelectualmente. Começam então a aparecer textos do António Luís na comunicação social, inclusive no Tágides, muito bem construídos, apresentando um pensamento de elevado rigor e muito bem estruturados. Eu próprio, nessa altura, por tal facto, apresentei-lhe as minhas congratulações. António Luís começava a angariar um pensamento próprio. Ora esta postura não agrada ao colectivo comunista. O mesmíssimo se passou com Arnaldo Fernandes, embora este seja uma personalidade muito diferente de António Luís.
Todo o comunsita que deixe a lógica do Peter Pan para trás, pode atar uma corda ao pescoço.
EXMO senhor Z.B:
Li o seu artigo onde invoca algumas reflexões.
No entanto, também eu as minhas.
1º- Em primeiro lugar gostaria de perguntar a V.EXª, porque nutre tanta preocupação com a casa dos outros?
2º- Será que pretende respostas, dos outros, onde o seu partido não lhas deu, aquando a composição das suas próprias listas em relação às escolhas?
3º- Porque será, que só tenha reflectido em relação a uma candidatura, sem que menciona-se as outras?
Em comentário final, acrescento ainda:
Porque será que outras candidaturas,
foram buscar elementos foram do concelho? (não residentes)
Será que nas outras forças políticas do concelho, não existem individualidades de prestigio e renome para apresentarem-se nas urnas, nas próximas eleições autárquicas?
Esta é a minha reflexão, à qual questiono V.EXª, porque existem algum paralelismo entre todas, ou não!
o meu bem hajá.
Meu Caro Melo
Não tenho prazer de o conhecer pessoalmente, mas de qualquer modo acredito que não escreve aqui neste espaço sob a capa de um outro nome.
Apenas lhe digo que anda distraído com o que escrevo.
Tenho-me pronunciado sobre todas as forças politicas e pelas escolhas que fizeram ou não fizeram.
Portanto, não deixo de expressar o meu pensamento de uma forma livre e justa, de acordo com os meus padrões.
E como alguém o afirmou noutros locais. Vivemos num país onde a liberdade de pensamento e de critica existe. Tenho consciência que ao expressar a minha opinião me sujeito à critica de outros.
Mal, vai a politica neste concelho, quando os responsáveis políticos estão calados durante quatro anos e agora apresentam-se a votos.
É mau para todos os eleitores porque não conseguem diferenciar correctamente os programas e as acções. É igualmente mau para quem está no poder autárquica porque tende a pensar que está tudo perfeito, por não ser sujeito à critica.
Ora, meu caro Melo! Reafirmo o que disse atrás leia com atenção o que escrevo, não falo só sobre uma candidatura. E no que respeita ao recrutamento para as listas já anteriormente tive oportunidade de me referir à mesma questão.
Mas, estarei sempre ao seu dispôr para qualquer outra dúvida. E há algo que importa que referenciar; para mim não está em causa a pessoa em nenhuma circunstância, mas o acto politico que envolve a decisão sobre a pessoa.
Caro Z.Boal:
Eu não tenho por norma esconder quem sou, se assino por Melo, é porque esse é o meu nome.
Pelo contrário, alguém que se esconde por detrás do anonimato é por cobardia.
No entanto, aquando uma reformulação governamental, o mesmo não tem que dar satisfações à oposição, ou tem?
Neste caso è o mesmo, se as pessoas estam nos lugares que estão
é porque concordaram com tal, ou não?
com isto não quero criar conflito com ninguém, apenas gosto de expressar a minha humilde opinião, nada mais.
um abraço
Estou agora a pensar que Miguel Boieiro poderá não ficar os 4 anos a presidir a Assembleia Municipal, saltando o António Luís para o lugar do ÚNICO comunista consequente da terra de Alcochete.
Caro Melo
Estou esclarecido quanto à sua identidade, pode ser que um dia nos conheçamos pessoalmente.
Não levo a mal as suas palavras, pelo contrário permite trocar opiniões de uma forma civilizada e aberta.
Talvez sirva para alguns que nos leem aprendam alguma coisa.
É claro que quem está no governo autárquico tem legitimidade para fazer remodelações, aliás penso que os poderes de um Presidente da Câmara deveriam ser de outra natureza.
Dou-lhe o exemplo: não é tolerável que um Vereador eleito numa determinada lista se mantenha em funções quando perde a confiança política do partido que o elegeu ou ele próprio toma a iniciativa de passar a independente.
Num processo desta natureza quem dá a cara é o líder, e em muitos casos não tem poderes para alterar a composição da sua equipa quando a mesma é ineficaz e tem que esperar quatro anos para o fazer.
Faltou apenas sublinhar no texto a que estes comentários se referem que a saída de um vice-presidente da câmara – quando não anunciada muito antes das listas de recandidatura serem do domínio público – tem sempre por trás motivos muito sérios, visíveis ou invisíveis.
A última década de poder local em Alcochete justifica um livro!
Os condóminos deste blog, e os seu comentadores habituais, sempre que falam da terra, e de política partidária, são muito herméticos. Será para afastar os “estrangeiros” da discussão?
Dou como exemplo um artigo de há dias sobre a “Tertúlia de S. João”. A referência ao “largo do poço” e à “rua direita” são autênticas pistas de “rally paper” para um imigrante. A continuarem assim talvez se justifique a edição de um glossário.
O senhor Fonseca Bastos lá saberá o porquê.
no entanto, continuou com o meu raciocínio, independentemente de eu ter alguma amizade com algumas destas pessoas, continuo a pensar da mesma forma.
Penso que, a entrada ou saída de elementos dos anteriores para os futuros cargos, nada têm que ser explicados.
Se acontecesse durante as candidaturas, em que alguns elementos fossem substituídos, sejam de que força forem, aí sim, entendo que, devia ser esclarecido públicamente.
Caro Z.Boal:
Em relação à sua afirmação, onde menciona que:
Quando um vereador eleito perde a confiança política do partido que o elegeu, ou este passa a independente.
Só tenho uma leitura possivel nesta matéria, qualquer cidadão que esteja na política, pode e deve ser independente, desde que esta seja a sua vontade.
Sr. Amadeu, depois do 25 de Abril aos nossos dias, eu considero que os serviços de toponímia em Alcochete têm sido um produto de mentes ignorantes, senão mesmo, em não poucos casos, patológicas.
Claro que uma análise mais profunda obrigar-me-ia a falar de outro modo. Entraríamos pela causa das coisas, isto é, pela política da cultura que marxismo é. Haverá que varrer da cabeça das pessoas o legado dos avós porque nada ajuda à progressão da criminosa ideologia marxista. Assim, por exemplo, um nome de uma qualquer grande figura local é preterido por um topónimo qual seja o de "Rua das Flores", escolha odiosamente neutra que causa vómitos.
Nesta conformidade, para de alguma maneira contrariar o assassínio da memória, eu teimo em recorrer aos topónimos antigos quando me refiro às ruas e largos de Alcochete.
Recado ao sr. Amadeu Silvestre:
Estou do seu lado. Sempre que possível, procuro descodificar as coisas, para que haja verdadeira comunicação.
Sempre mencionei as artérias pelos nomes correntes e reconhecíveis pela generalidade dos residentes, em muitos casos acrescentando até referências pormenorizadas.
Sou um dos piores inimigos da mania xenófoba de considerar "estrangeiros" os recém-chegados e há neste blogue dezenas de textos meus sobre a matéria.
Apesar de estarmos à beira de eleições, um dos inúmeros silêncios ruidosos que ainda persistem na política local é a indiferença acerca do papel económico, social e político de metade do eleitorado.
Com esses 6000 eleitores é possível construir uma vitória e, inclusive, obter a maioria mais ampla jamais registada em Alcochete.
Mas alguém os escutou? Alguém sabe o que pensam? Alguém teve em conta os seus desejos na elaboração dos programas?
Sr. Fonseca Bastos
Agradeço o seu recado.
Frequento Alcochete desde há alguns anos, decidi fixar-me cá há muito pouco tempo. O que me atrai a Alcochete, contrariamente àquilo que foi dito por alguém cujo nome não quero repetir, não são propriamente as condições de conforto criadas pela CDU, são as condições naturais da Vila, as suas tradições, a sua cultura, que são da exclusiva responsabilidade dos Alcochetanos, independentemente das tendências politico/partidárias.
Neste domingo, ao fim da tarde, estive sentado na esplanada do Picolé a observar os frequentadores da Praia dos Moinhos. Como muito bem refere existe uma nova população em Alcochete. Esta população, se não for integrada, criará, nos arredores da zona histórica, ambientes próprios da sua cultura que a médio prazo influenciarão todo o Alcochete. Alcochete tem que saber preservar a sua identidade cultural e transmiti-la aos novos residentes. As festas do Barrete Verde deste ano, na minha opinião, contribuíram bastante para isto. Aproveito para transmitir as minha felicitações e agradecimento pessoal à Direcção do Barrete Verde pelo extraordinário trabalho que fez.
Eu penso que o sr Bastos acerta em cheio no alvo quando diz que com os novos residentes «...é possível construir uma vitória...».
É legítimo que a nova resposta a dar a esta terra de Alcochete venha pela mão dos novos residentes, tanto que estes têm bastas razões para o fazerem.
Os novos residentes poderão livrar-nos do caciquismo e de estruturas atávicas de pensar e agir das quais queremos extricar esta terra de Alcochete.
Os novos residentes poderão dar um forte contributo para a liberdade política em Alcochete. Foi o anelo desta liberdade política que levou os Alcochetanos a baterem-se pela autonomia do Concelho nos fins do séc. XIX.
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