30 agosto 2009
O poder suja as mãos
«Nenhum político escapa a isto: o poder suja as mãos. [...]. A hipótese é confiar os golpes de mão - mas sem se enganar - a quem mostrar prazer e capacidade para isso. Não faltam candidatos. Mas não se pense que, desse modo, o político se esquiva às responsabilidades: ele é responsável pelo que faz e também pelo que fazem em seu nome e no seu interesse, quer tenha quer não tenha conhecimento disso. Por vezes, tem dificuldades em admiti-lo mas, na maior parte dos casos, acomoda-se. A vida de quem tem o poder está cheia destes escolhos. Os jogos do dinheiro, os ajustes de contas por vezes violentos, os complôs, as calúnias, os compromissos mais variados, as mentiras, correspondem a outras tantas torpezas» (Edouard Balladur).
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
7 comentários:
Julgo que o título mais exacto será "O poder tende a sujar as mãos".
Com todo o respeito intelectual que tenho por Edouard Balladur não subscrevo integralmente tudo o que ele escreve.
A opinarmos pelo ponto de vista de Balladur, Luís Franco é o primeiro e grande responsável pela agressão física de Jorge Giro a Luís Proença.
Caro Marafuga:
Se formos opinarmos pelo ponto de vista de Balladur, o senhor seria responsavel porquê?
Se não sabe eu avivo-lhe a memória, o último paragrafo aplica-se aos seus comentários.
Quis dizer:
Se formos opinar pelo ponto de vista de Balladur, o senhor seria responsavel por!
Se não vejamos, avivando-lhe a memória, encontra no último parágrafo do seu texto que, aplica-se aos seus comentários.
Assim está correcto.
Na linha da responsabilidade política de Balladur, lembro-me unicamente de um Ministro em Portugal que assumiu pessoalmente a responsabilidade por um desastre ocorrido na sua área de responsabilidades demitindo-se de imediato. Lembra-se do desastre da Ponte de Entre-os-Rios?
Sou muito critico de Jorge Coelho, mas não esqueço a postura ética que demonstrou na decisão que então tomou. Pena que não tenha muitos seguidores.
Meu Caro Amadeu:
É pena sim, mas o seu resigno ao cargo, teve dois objectivos:
1º- Foi a altura certa para deixar o governo que estava cada vez mais a desgovernar.
2º- Foi a melhor coisa que lhe aconteceu, com isso foi ocupar um lugar de destaque numa das maiores firmas da construção civil.
3º- Com a força e conhecimentos dentro dos organismos governamentais, é melhor que ser Ministro, ou não?
Um abraço
Fazer processos de intenções não é a minha especialidade.
Limitei-me a apreciar uma atitude que pelo imediatismo com que foi tomada tenho sérias dúvidas que tenha tido toda a premeditação que lhe atribui.
Enviar um comentário