Meus amigos, a brutal agressão de Jorge Giro a Luís Proença vem-me à cabeça todos os dias. Nos três últimos, eu reflecti sobre este triste caso por terras desse norte de Portugal.
Em nome do homem, eu não posso contribuir para que este caso caia no aparente esquecimento. Na verdade, eu não posso fazer pouco de mim próprio.
Como já disse noutro lugar deste blog, os candidatos comunista e socialista, pelo menos que eu saiba, ainda não tomaram posição pública sobre a brutal agressão do candidato comunista à vereação da Câmara contra o candidato à presidência da Assembleia Municipal pelo PSD. Sei que isto é gravíssimo, pois a atitude daqueles candidatos à presidência da Câmara de Alcochete é a negação do sentido da política no que esta tem de mais nobre.
Luís Franco e António Maduro respeitam a dignidade do exercício dos cargos públicos aos quais se candidam e todos aqueles que querem defender a causa pública?
Ou será que por Luís Proença ser de fora, o caso não merece mais conversa?
São só duas perguntas que penso, estou convicto, que merecem resposta.
NOTA: o ocorrido entre Jorge Giro e Luís Proença é de raiz política. Se o problema não se resolver politicamente com a justeza que reclama, eu concluirei que em Alcochete não existe liberdade política, noção de dignidade humana nem respeito pelas pessoas.
9 comentários:
Caro J.M:
Em relação à sua opinião, coisas que já estam mais que debatidas
anteriormente neste blogue.
No entanto, já manifestei-me sobre este assunto, mas, deixo um novo comentário sobre o conteúdo, com uma pergunta:
Não será prudente todos nós deixarmos para que o caso seja resolvido em sede própria?
Obrigado e fique bem
Caro Melo:
O caso de polícia será com toda a certeza resolvido em sede própria
ou seja nos tribunais.
Mas este caso não é apenas de polícia, é tambem um gravissimo caso político, que como afirma, e muitissimo bem o professor João Marafuga, não pode cair no esquecimento.
Decido hoje tornar publico, depois de ter reflectido bastante sobre se o deveria fazer, mas cheguei a conclusão que não posso deixar de o fazer...
Também eu candidato na lista do PSD à Assembleia Municipal, vindo imediatamente a seguir ao Luis, e depois daquela agressão brutal, e tendo em conta que tambem eu "sou de fora", depois de reflectir com a minha familia sobre o assunto, decidi por solidariedade a Luis Proença abandonar a lista.
No entanto, e porque gosto muito da minha nova terra, não posso deixar de mostrar a minha perplexidade pelo facto de nenhum responsavel político desta terra (à execpção do PSD) ter feito o minimo comentário ao caso.
Depois do que tenho lido sobre o assunto, apenas deixo mais uma questão.
Quem será o proximo a ser sovado nas ruas de Alcochete???
Não faço parte de nenhum grupo e o meu "clan" vive bem longe.
Mas não desisto!!!
Luiz Batista
Caro Sérgio S:
Hà situações na vida muito piores que esta, no entanto, como referiu, ter abandonado o cargo para o qual ía a votos.
Lamento que o fizesse por duas razões:
1º- Porque considero (independentemente da ocorrência que repudio vivimente, entre os dois candidatos), que o mesmo foi um acto de dois cidadãos.
2º- Eu também, não nasci em Alcochete, mas vivo à muitos, muitos anos, ou seja sou filho de migrantes da zona de Aveiro.
Nunca na minha vida senti desrespeito, exclusão ou algo igual por parte dos filhos da terra.
Por isso, quando diz que abandonou o cargo a que se propôs por medo ou represálias, desculpe de discordar com a sua ideia.
3º- Nunca na vida, as gentes de Alcochete, se tornam violentas com alguém sem razão.
Por isso digo e afirmo que este caso em que envolveu os dois candidatos do P.S.D e da C.D.U, foi um acto isolado entre cidadãos
um abraço
Desculpe srº Marafuga com todo o respeiro por si mas como várias pessoas testemunharam, não é "a agressão de Jorge Giro a Luis Proença" como você tem no seu primeiro paragrafo, mas sim; " entre Jorge Giro e Luis Proença".São coisas completamente diferentes.
Cumprimentos
Pedro Giro T
Senhor Melo,
Eu não afirmei que tinha saido da lista por qualquer tipo de medo, até porque tenho tido durante estes anos que vivo em Alcochete, variadissimos contactos com Autarcas da CDU, e com os quais sempre tive as melhores relações, falo concretamente do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Alcochete, Estevão Boieiro e do Sr. Vereador da Educação Dr. Paulo Machado, os quais têm da minha parte a mais alta estima pessoal, no entanto por uma questão de solidariedade política ao Dr. Luis Proença decidi também eu sair da lista.
Saí porque nao entendo como um Membro da Assembleia Municipal e Candidato a Vereador pode "andar por aí" a agredir os seus opositores políticos, saí porque esta não é a minha forma de estar na vida e na política, saí porque acredito que actos destes devem ser erradicados do Portugal do seculo XXI.
Ainda por cima praticados por alguem que costuma gritar a plenos pulmões "25 de Abril Sempre!"
Porque nada se passou ainda, o condómino João Marafuga faz muito bem em manter este assunto na actualidade do blogue.
Alquimia Comunista…
Eis como transformar a agressão de um militante comunista a um adversário político num caso de agressão mútua:
- O militante comunista faz (assina) artigos de opinião em jornais locais;
- O adversário político responde, utilizando não só argumentos, como também ironia;
- O militante comunista não gosta e diz que os novos moradores devem estar calados ou ir par a terra deles;
- Os dois cruzam-se nas festas do barrete verde e o adversário terá tido uma tirada mais ou menos irónica;
- O militante comunista agride brutalmente o adversário político POR TRÁS, com a família deste último a presenciar tudo;
- Reunidos de emergência, os mais altos cargos comunistas da terra resolvem criar a ideia que a ironia utilizada pelo adversário político é uma agressão, o que faz com que a agressão física do militante comunista seja uma resposta a uma agressão e não uma agressão gratuita;
- Fazem passar essa mistificação e resolvem ficar calados oficialmente, esperando que a poeira passe.
Senhor Sérgio Silva:
É importante esclarecermos duas questões.
1º- O que é política partidária e o que é política processoal.
Ou seja, em diferentes ´
áreas de intervenção como munícipe ou na representação dum cargo associativo.
Em todos os encontros, munícipe/autárca, sempre foi respeitado como tal, na área a da comissão de pais do bairro 25 de Abril.
2º- O que aqui está em causa, não é medo de pertencer a uma força política, mas ao ser solidário com alguém que no seu entender tem razão (o tempo dirá), tenta fomentar algum paralelismo entre ambas as situações.
que quanto a mim acho que não deve acontecer, porque após as eleições ganhe quem ganhar os candidatos que não vencerem continuam a desempenhar as suas tarefas que anteriormente mantinham, ou não.
Um abraço
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