09 fevereiro 2011

A defesa da Festa Brava...sempre!


Eu sou alcochetano.
Alcochete é uma terra de toiros. É e sempre foi...eminentemente.
Compete-me defender a Festa Brava.
Mas eu em tudo gosto de impor a verdade, ainda que esta nisto e naquilo me chame à pedra.
Nem sempre eu dei a importância à Festa Brava que dou hoje. Olhava para o toiro na arena apenas com emoção e dizia de mim para mim: coitadinho do animal a ser farpeado sem dó nem piedade. Era todo um universo artístico, de dimensão quase infinita, cujas raízes se perdem na bruma do tempo, que um sentimento irracional atirava, com a maior das facilidades, para a margem do meu existir.
Havia, no entanto, qualquer coisa que me embaraçava: como é que tantos escritores, pintores, escultores, etc., através da arte peculiar de cada um, eternizavam para a posteridade passos sublimes da arte de tourear ou pegar toiros? Esses homens estavam enganados ou o enganado era eu?
Quando se dá em mim o despertar para o que realmente, em termos políticos, é direita e esquerda, verifico que é esta e os círculos desta que denigrem e atacam a Festa Brava. Simultaneamente, verifico ainda que discordar de toda a promoção feita em jornais, revistas e televisões a favor de que as pessoas se piquem e furem todas por tatuagens e piercings não é politicamente correcto.
Impõe-se então a pergunta: por quê esta sanha contra a Festa Brava? Porque os valores da Festa Brava em tudo são contrários aos projectos da esquerda manhosa e enganadora das populações.
A Festa Brava é a afirmação do indivíduo, da coragem, do esforço. Todos estes valores as esquerdas querem abafar e eliminar porque travam a progressão dos nefandos socialismos. No fundo, o que estes odeiam é a vida.
Hoje em dia, poderemos estabelecer um paralelismo lógico entre, por um lado, o aborto e a eutanásia e, por outro, a Festa Brava. Aqui estamos perante o ataque à tradição nacional, ali perante o ataque à vida. Ora ninguém pense que a tradição nacional é negócio que se separe desse outro que é a vida.
O meu nacionalismo não é coisa ruim desde que respeite os sagrados direitos de cada povo. Só o Estado-Nação poderá fazer frente aos socialismos internacionalistas que tolhem a vida. Exaltação da vida é a Festa Brava com toda a cor que a matiza, arte e movimento.

10 comentários:

Anónimo disse...

Ha qualquer coisa que não entendo: se Alcochete foi governado por décadas pelos comunistas, e aparentemente a festa brava ficou intocável, nas suas tradições em Alcochete, quem são esses da esquerda que a atacam? Queira amávelmente nos explicar senhor Marafuga. Muito obrigado.

Renato P M Ribeiro disse...

"Havia, no entanto, qualquer coisa que me embaraçava: como é que tantos escritores, pintores, escultores, etc., através da arte peculiar de cada um, eternizavam para a posteridade passos sublimes da arte de tourear ou pegar toiros? Esses homens estavam enganados ou o enganado era eu?"

Foi com a seguinte pergunta que passou para um nível de entendimento maior da festa brava?

Então tenha cuidado com outras revelações que se lhe surjam... é possível elencar listas de "escritores, pintores, escultores" que enaltecem o que o meu caro mais deteste...

Renato P M Ribeiro disse...

Independentemente da posição que se tenha sobre a "festa brava", esta está longe de ser uma festa nacional!

Anónimo disse...

Senhor Marafuga, mais demagogia. E agora até pelo uso de imagens. Ora podia ter escolhido esta, simples e bonita:

http://4.bp.blogspot.com/_5tD0dtxdfG8/TRq_BhzmOHI/AAAAAAAAAZk/SHMK1dVNhOU/s1600/body-piercing.jpg


ou então esta:

http://4.bp.blogspot.com/_BHNl268djFY/ScBAIkwHIDI/AAAAAAAAAGo/A39YqPNNx9I/s400/tourada4.jpg

Repara numa coisa, não sou contra as touradas, mas sou muito mais contra a demagogia que usa.

Nota: ambas estas imagens, e a imagem que usou, aparecem logo quando as pesquisa no google. Penso que percebe o que quero dizer com isto ...

Anónimo disse...

Não tem a nada a ver com Festa Brava o que escreve, apenas algumas idiotices como tem vindo a ser hábito.
Agora quando fala em nacionalismo, seu, mais não diz que é um convicto reaccionário pois daí dessa cabeça não brota, felizmente, nenhuma ideologia se não a fascista salazarenta sem qualquer inteligência.
COMO É QUE ESTA COISA PODE SER UM PROFESSOR??

Anónimo disse...

Oxalá (queira Deus) que o comentador residente se digne ajuizar este meu comentário:

-O tema em discussão "festa brava" tem sido muito mal defendido por uma grande "maioria" dos que se dizem da festa brava...

-Sentir "aficcion" é perceber porque motivo o Homo-ibéricus foi implido para dar uma oportunidade ao toiro bravo, e assim homenageando-o )pelo seu caracter nobre, valente, destemido, bravura que demonstrava na defesa da sua prol em todas as circunstancias)antes de o matar para sua subsistencia.

- O Homo-ibéricus ao homenagear o toiro antes de o matar (como acontece em todo o lado onde existe humanidade, exeptuando-se a de influência Seek na India, onde os adoram)refinou uma arte de os lidar nessa homenagem e desiderato de todo um povo que os conhecia bem e os respeitava, mas nos antipodas dos que os adoram.

-A arte de lidar o toiro atingiu o auge quando os intervenientes alcançaram estados de alma nessas lides que atingiram a simbiose entre a bravura do lidado com a coragem do lidador a nobreza animal com a admiração e respeito de quem o submetia pela inteligência e que ousava permanecer nos terrenos consagrados pela natureza ao animal.

-A existencia dos toiros bravos, hoje é um imperativo civelizacional, pois a sua especie está ameaçada pelos consumidores de carne tenra que os querem mortos aos 24 meses e os criam em espaços exiguos para não enrijar os musculos, em vez de viverem em grandes espaços na campina durante os necessários 5 anos a ganhar trapio para venderem cara, a sorte esperada.

-Por outro lado, não faz parte da arte tauromática aquela que é praticada pelos"artistas/amadores" que animam anualmente de forma canhestra e aberrante a interacção com os toiros saidos nos "encierros" das festas do Barrete Verde.
A arte; nobreza; coragem;dignidade e respeito são factores intinsecos nos"aficionados", mas nos encierros de Alcochete (e de outos lugares) tudo isto prima pela ausência destes valores, e para esta moléstia, não há defesa possivel, porque nada daquilo que se observa é da festa brava nem respeita os Vergas, Garrets, Penetras,Marques,Rochas,Pintos nem os inesqueciveis Gaboneros doutras èpocas...
À mulher de Cesar não basta parecer séria...
O mal deve ser apontado, aquem não tem condições subjectivas para compreender o bem !

-Os Alcochetanos têm que debater a forma execravel como os toiros são desrespeitados POR UMAS DUZIAS DE SADO-MASOQUISTAS que intervem, muitas das vezes em estado ébrio, para gaudio de milhares de incautos ignorantes da verdadeira Festa Brava.
Saudações alcochetanas !

Anónimo disse...

As culturas ancestrais representaram através dos seus artistas a homosexualidade, a pornografia, o paganismo, a sexualidade, etc. Entao ,Marafuga, o que me conta sobre estas manifestaçoes?

Anónimo disse...

Entao o senhor professor chegou a conclusao que a festa brava é coisa porreira por causa dos artistas que se maravilhavam com ela. Isto é que vai aqui uma açorda! Entao e o que tem os piercings e as tatuagems haver com o assunto? É alguma analogia as farpas nos touros? Não percebi. Isto realmente...

Unknown disse...

O Renato sabe que eu sei que o comunismo sempre teve e tem os seus artistas; o Renato sabe que eu sei que os fascismos, incluindo o nazismo, tiveram os seus artistas; o Renato sabe que eu falava de Festa Brava e que sou um professor de Língua e Literatura portuguesas. Não ficará surpreendido se lhe disser que os escritores que tinha em mente eram, sobretudo, Almeida Garrett (1799-1854), Rebelo da Silva (1822-1871), Eça de Queirós (1845-1900).
Estes homens foram equilibradíssimos e grandes pilares da nossa História, Cultura e Literatura.
Garrett, logo no princípio de VIAGENS NA MINHA TERRA, põe "...os homens do Norte..." a disputar com "...os homens do Sul...": «...estes senhores que digam, qual é que tem mais força, se é um toiro ou se é o mar».
Rebelo da Silva escreveu "A última corrida de touros reais em Salvaterra", conto digno de estar ao lado das mais belas páginas literárias que foram escritas pelos homens de todos os espaços e tempos.
Eça de Queirós põe a sua personagem de OS MAIAS, Afonso da Maia, a preferir uma corrida de toiros a uma corrida de cavalos.
Agora mesmo me lembrei de alguém, nosso contemporâneo, por todos conhecido e que também passou a vida a defender a Festa Brava. Foi Álvaro Guerra (1936-2002). Aqui lhe faço a merecidíssima homenagem.
O que estava implícito no meu pensamento era a seguinte estrutura: se homens como Garrett e Eça se impõem incontornavelmente ao meu universo de pensamento na globalidade do legado que nos deixaram, por que eu não lhes daria razão quando falam especificamente de toiros?
Finalmente, Renato, se a Festa Brava não é uma festa nacional, também o fado não é uma canção nacional.

Anónimo disse...

Sr.Marafuga,

Deixai-vos de homilias vazias de conteudo, de argumentação algo gongórica quando tenta "defender" a Festa Brava!

Se não entende a tauromaquia na suas vertentes principais, primeiro quanto a ética, onde ainda não lí uma unica frase que fosse válida no minimo para perspectivar uma corrente de pensamento ou sentimento endógeno a festa brava, depois quanto a estética, onde se sentirá mais á vontade, diz algo, mas tão insípido que me leva a pensar que o sr.Marafuga faz parte daquela "canhestra maioria" que infelizmente aparecem nos mídia com argumentação ridicula e perniciosa `a causa tauromática.

-Que se debata a Festa Brava de forma séria e não maniequista!
-Alcochete tem massa critica, para um debate sério!
-Os maus defensores são piores do que os maus detratores!
-Que o debate não seja uma caricatura de falsos aficionados!

Saudações Alcochetanas!