Após diagnóstico conjunto da doença moral do País, lançamos um novo caminho de recuperação e desenvolvimento, baseado no Partido Social Democrata-PSD e tendo como missão o serviço de Portugal: a Via Justa. Quem sinta arder em si a chama da Pátria, se insira na ideologia defendida pelo Partido Social Democrata-PSD, e concorde com os princípios, objectivos e programa que abaixo expomos, junte-se a nós (escreva para viajusta@gmail.com).
Alexandre Vieira
António Balbino Caldeira
António Cardoso
António V. Filipe
Emanuel Manzarra
Henrique Sousa
Isabel Filipe
José António Borges da Rocha
Luís Gaspar
Paulo Carvalho
Paulo Henriques
Rui Rodrigues
Tiago Soares Carneiro
Zeferino Boal
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Declaração de abertura da Via Justa do PSD
A Via Justa é uma linha política, aberta a militantes e simpatizantes do PSD, que tem como princípios a dignidade humana, a democracia directa e um programa ideológico moderado e como objectivos a modernização do funcionamento do Partido e a afirmação de uma posição autónoma do Partido para o serviço de Portugal.
Acreditamos que o principal valor social é a dignidade humana. A dignidade humana é a raiz divina da liberdade, da democracia e do Estado de direito.
Promovemos a democracia directa como sistema de funcionamento do Partido e do Estado, para a maior integração dos cidadãos na vida política, através das seguintes propostas:
1. Eleições primárias para todos os cargos electivos do Estado e das autarquias e para todos os órgãos nacionais, distritais e locais, do Partido;
2. Separação efectiva dos poderes executivo, legislativo e judicial, auto-governo da magistratura judicial e do Ministério Público, através de conselhos superiores sem representantes de nomeação política, e controlo legal dos serviços de informação do Governo;
3. Liberdade de apresentação de candidaturas independentes a todos os órgãos políticos nacionais e autárquicos;
4. Sistema eleitoral misto nas eleições para a Assembleia da República, circunscrições de eleição uninominal, compensado com um círculo eleitoral nacional para representação parlamentar de tendências minoritárias;
5. Escrutínio prévio obrigatório dos candidatos a nomeação política através de audiência parlamentar pública e prestação de contas aos eleitores, responsabilização pessoal dos eleitos, convocação popular de eleitos (recall), suspensão do mandato para titulares de cargos políticos acusados de crimes de relevo e supressão da imunidade política por factos estranhos ao mandato;
6. Facilitação do direito de iniciativa popular de apresentação de propostas legislativas sobre quaisquer matérias e de apresentação de propostas ao nível autárquico, e o aproveitamento de actos eleitorais para consultas populares;
7. Financiamento partidário e eleitoral transparente;
8. Registo de interesses dos candidatos a cargos de nomeação política, partidários, altos cargos da administração pública e magistrados (nomeadamente a sua pertença a organizações secretas ou discretas), além da declaração patrimonial e de rendimentos;
9. Liberalização do direito de expressão, informação e opinião, através da revisão do Código Penal e Código de Processo Penal, eliminação da ERC e atribuição das suas competências executivas aos tribunais, proibição de detenção do controlo, directo e indirecto, pelo Estado de media e transformação da RTP num canal neutro de serviço público;
10. Transparência das contas e estatísticas do Estado e da administração regional e local, com responsabilização dos dirigentes e funcionários por falsificação e omissões.
Defendemos um programa ideológico moderado para o Partido e o País, tendo como farol o seu património de valores e práticas orientados pela doutrina social:
I. A reforma do Estado social;
II. A revalorização do trabalho;
III. O combate à corrupção;
IV. Moralização dos salários, prémios e benefícios marginais, dos dirigentes de empresas públicas e institutos públicos;
V. Apoio ao desenvolvimento em vez do incentivo à dependência do Estado;
VI. A responsabilização dos cidadãos, recentrando o Estado no papel supletivo de apoio;
VII. A protecção laboral dos trabalhadores;
VIII. Reforma fiscal que desloque a incidência da receita do trabalho para o consumo, reduzindo o obstáculo fiscal à criação de emprego, e racionalize o sistema de impostos;
IX. Reforma da administração pública, reintroduzindo a avaliação pelo mérito em detrimento da promoção do favoritismo;
X. Política de «tolerância zero» face ao crime e fim do funcionamento de dois sistemas legais no País, eliminando a segregação permissiva na aplicação da lei, complementada com uma política de integração laboral, económica e social de populações mais pobres;
XI. Revisão do Código Penal e do Código do Processo Penal com o propósito da eficácia e do bem-estar dos indivíduos e da sociedade;
XII. Reforma do rendimento social de inserção, recuperando os beneficiários para o trabalho em empresa, em instituições particulares de solidariedade social e em autarquias, mediante remuneração, e aplicando a assistência social do Estado para casos de doença e impossibilidade de trabalho, bem como a mudança do paradigma de burocracia na assistência para a assistência directa e ajuda à criação de um projecto de vida;
XIII. Promoção real do empreendedorismo ao nível local e regional, com o envolvimento indispensável de universidades e institutos politécnicos;
XIV. Facilitação do licenciamento comercial, de serviços e industrial;
XV. Reformulação do sistema nacional de saúde da oferta para a procura, mantendo a sua tendência gratuita;
XVI. Consolidação do sistema público nacional de educação, com a revalorização da missão do professor e a meta de um ensino de excelência;
XVII. Revisão do programa de Novas Oportunidades, virando-o para o progresso de competências, em vez da certificação laxista de graus;
XVIII. Revisão do registo civil, para evitar a multiplicação de registos falsos de crianças e a obtenção ilícita de bilhetes de identidades múltiplos, com a finalidade de acesso ilegítimo a subsídios sociais;
XIX. Equilíbrio orçamental;
XX. Rigor e transparência nas contas públicas e estatísticas do Estado;
XXI. Contenção da despesa pública, começando com o exemplo de frugalidade nos gastos dos cargos políticos e dirigentes da administração;
XXII. Autonomia real das instituições desportivas face ao Governo, mantendo o Estado programas de apoio que serão aplicados pelas federações desportivas;
XXIII. Promoção activa do conceito estratégico de defesa nacional, articulando e integrando as várias forças militares, para-militares e policiais de modo a cumprir os objectivos de segurança nacional;
XXIV. Revisão da Constituição da República, eliminando o seu carácter programático e reformando o sistema político com vista à criação da IV República.
Entendemos que o objectivo de modernização do funcionamento político do Partido e do Estado se conseguirá com a reforma da democracia representativa e a adopção das medidas de democracia directa que propomos e seguimos.
E finalmente, clamamos por uma verdadeira posição autónoma do Partido Social Democrata face ao sistema socialista, tendo como missão exclusiva o serviço de Portugal.
12 comentários:
Exmos.Srs.
Está em curso neste momento no PSD a revisão do programa do partido (GENEPSD) e assim deixo à consideração dos subscritores se não seria mais útil entregar estas propostas à Comissão de Revisão Estatutária (CRE),via mail, no sentido de elas virem a ser analisada no orgão especificamente criado no âmbito do partido para acolher propostas desta natureza.Este para já,no imediato, o meu entendimento sobre a matéria em causa...
Aceitem os meus melhores cumprimentos e cordiais saudações social democratas.
«..Doença moral do país...»? Não! Parte apreciável da classe política é que está doente porque perfilha ideologias que já nasceram doentes.
A expressão «...a Via Justa do PSD...» é perigosa porque incorpora em si uma reminiscência gnóstica, pois o gnosticismo está na génese do socialismo ("lato sensu").
Também Karl Marx pertenceu, na juventude (a partir de 1847), a uma Liga de Justos. Eis por onde passou o gérmen dos totalitarismos!
Então...nos 14 signatários de "A Via Justa do PSD" só há uma mulher? Ou seja: 93% de homens e 7% de mulheres?
A partir daqui algo já não confere com a realidade do ano 2010!
Mas qual é a justiça de "A Via Justa do PSD"? Fraccionar o Partido de Sá Carneiro? Mas quando se fracciona uma organização, política ou outra, atenta-se contra essa mesma organização!
Eu gostava de saber o que é que no texto se entende por 'democracia directa'! Eu sei o que foi a Democracia directa na Grécia!
Pois...sem o conceito preciso que 'Democracia Directa' tem no texto, vejo que as duas leituras que já fiz ao mesmo não me levam a lado nenhum em termos de análise!
Alguém me quer explicar o que se entenderá neste texto por 'Democracia Directa'?
Sou Militante do PSD desde os meus 14 anitos, todas estas propostas já foram feitas pelo menos umas 100 vezes, sinceramente não percebo a ideia de criar qualquer tipo de vias alternativas dentro de um partido que tem orgãos próprios eleitos, e além disso tem como muito bem informo o companheiro João Pinho, neste momento em curso uma revisão do seu programa.
Só espero que esta "Via" não seja um qualquer tipo de sectarismo...É que normalmente quem corre por "fora" cria este tipo de "vias".
Porque me interessa particularmente tudo o que tem relação com o PSD e, no caso específico do lançamento da " Via Justa", porque tal ideia envolve militantes de Alcochete, inscritos na mesma Secção que eu, gostaria que o signatário que lançou o tema para conhecimento e discussão, companheiro Zeferino Boal, fizesse aqui no Blogg, caso julgue pertinente evidentemente, o ponto da situação do assunto e os eventuais desenvolvimentos que o mesmo mereceu.
Gostaria também de saber se a proposta, aqui apresentada, seguiu ou não, em tempo oportuno, para a comissão encarregue da revisão dos estatutos do PSD.
Por último, em minha opinião, entendo que uma proposta com um alcance tão vasto, nalguns pontos coincidente com a matriz programática e ideológica do Partido, tem necessariamente de ser encaminhada para os orgãos próprios do mesmo, sob pena de, caso assim não aconteça, vir a ser apelidada de divisionista e o lançamento da ideia acusado de inoportuno, isto porque a unidade e solidariedade entre companheiros são hoje valores indispensáveis para enfrentar os combates que se avizinham e para contribuir para a afirmação do PSD, em especial aqui no nosso Concelho.
Ficando a aguardar, os meus melhores cumprimentos a todos...
A todos os interessados em especial aos companheiros de partido posso esclarecer o seguinte:
1. As nossas propostas e reflexões no seio do grupo "Via Justa" passaram a ser claras, abertas e transparentes, portanto não têm nada de divisionista;
2. A democracia directa não foi inventada por nós, a mesma dinâmica foi utilizada recentemente em Inglaterra pelos conservadores;
3. Quanto à metodologia interna dentro do partido garanto que cumprimos as normas e regulamentos;
4. Pessoalmente, estou disponivel para prestar os esclarecimentos úteis e necessários na qualidade de militante de Alcochete.
Atenção, meus amigos: há ideias aparentemente fortes que só estão ao serviço de divisões e protagonismos.
Quando cheguei ao CDS-PP, há 5 anos, parti do último lugar. Dentro do Partido nada escolhi, fui escolhido.
No meio de tudo isto, venho acentuar a ideia de que os democrates em Alcochete devem estar unidos para enfrentar com êxito digno as próximas eleições autárquicas.
Quem considerar que ainda é cedo, está a fazer o jogo do adversário consciente ou inconscientemente.
Zeferino, a mim cheira-me a divisionismo... mas o tempo o dirá...
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