Ontem desloquei-me à FIL em lisboa, ao SIL (Salão Imobiliário de Lisboa), e ao deambular pelos vários stands presentes dei de caras com o projecto "Tagus Spa Resort" do grupo imobiliário Libertas.
É um projecto que fica situado na Praia dos Moinhos na antiga seca de bacalhau e junto às salinas do Brito.
Como curioso que sou, perguntei qual o estado em que se apresentava o projecto, foi-me respondido pela pessoa que apresentava o dito stand que o resort já se encontrava "aprovado".
Perguntei se a praia iria ser "privada", ao que me foi respondido que toda a envolvente exterior do projecto, bem como os seus espaços verdes estavam destinados ao uso público.
Alguém me pode elucidar se este é o projecto megalómano que tanto se tem debatido em Alcochete? Foi este projecto que foi chumbado? E porque se chama "centro de conferências" ao Forum Cultural de Alcochete? Será que a CMA vai vender o Forum?
Deixo aqui o link para que possam consultar o projecto: http://www.libertas.pt/
10 comentários:
Anda tudo a ser tramado nas costas do povo alcochetano por aqueles que se dizem os melhores defensores deste povo.
Pois eu tambem já nao consigo entender nada disto!!
Desorientar a cabeça das pessoas é uma das grandes estratégias das esquerdas em geral com principal destaque para o comunismo.
Sempre a favor da revolução, o comunismo deita mão a tudo o que é marginal ao universo lógico da Civilização Ocidental.
Fiquei perplexo ao visitar o site aqui indicado.
Mas há uma coisa que temos que ter presente, é que para nós isto poderá ser novidade, mas um projecto desta natureza não pode deixar de ter passado pela assembleia municipal onde todos os partidos estão representados, e ainda nenhum, oficialmente, denunciou este negócio. Será por estarem todos comprometidos que estão todos tão calados?
O que é facto é que não houve qualquer consulta pública e tenho sérias dúvidas que um empreendimento desta natureza, no local onde se insere, em plena ZPE da Reserva Natural do Estuário do Tejo, não tenha que ser sujeito a um procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, com a indispensável consulta pública a ele associado.
Até agora, e na área da Praia dos Moinhos, foram sujeitos a AIA dois empreendimentos turísticos: o primeiro de menor dimensão, para cerca de 400 camas em hotel e aparthotel, foi aprovado com uma Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada; o segundo era um empreendimento muito mais vasto na seca do bacalhau contígua às Salinas do Samouco, e que previa quase 1000 camas, entre hotel, apartamentos e moradias isoladas, espaços comerciais e construção em cave. Este último, felizmento, foi chumbado pelo Ministério do Ambiente. Até agora, mais nada foi apreciado em sede de AIA, pelo que o projecto poderá estar aprovado em sede de Câmara mas estará ainda longe do licenciamento.
Sérgio Silva descobriu a ponta de um "icebergue" que, à escala local, é do tamanho da Groenlândia (ou Gronelândia).
Algumas pistas (há mais...):
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366268&idCanal=62
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1366922&idCanal=59
As notícias do Público referem-se a três empreendimentos, aqueles aos quais me havia referido já no meu comentário anterior: dois da Sulway, o tal mega empreedimento, e que foram já chumbados em sede de Avaliação de Impacte Ambiental; e o mais pequeno com 400 camas da Ponte Pedrinha, junto ao Fórum Cultural, e que foi aprovado com condicionantes.
Nada há sobre este Tagus Spa Resort. É estar atento e esperar pela consulta pública.
Segundo o site da "Publituris", O arranque da construção deste projecto só está dependente da emissão final de alguns pareceres, nomeadamente por parte de instituições que tutelam o estuário do Tejo, o que me leva a pensar que ao nivel camarário já está aprovado!!!
PS: aqui está o link da noticia: http://www.publituris.pt/dossier.php?action=artigo&artigo=83959&dossier=83941
Depois de pensar um pouco mais sobre este assunto, e de ler os comentários da Carla Graça, fiquei um pouco mais descansado. Se afinal o Projecto ainda não foi objecto de parecer sobre a Avaliação do Impacte Ambiental, é essa a razão pela qual a QUERCUS não veio ainda público pronunciar-se. Ou, se já sabe e ainda não se pronunciou, então é porque o ambiente e a sustentabilidade estão assegurados e não temos que nos preocupar. Por outro lado, limitado por esta falta de informação que me caracteriza, penso que o executivo camarário não deveria aprovar projectos de construção para as quais não pode depois emitir licenças de construção. É que ao aprovar os projectos de construção está a criar fundadas expectativas nos investidores, que os pode levar a gastar muito dinheiro em divulgação e promoção, e em caso de posterior negação das licenças de construção a Câmara pode ser obrigada a indemnizar os particulares com os dinheiros públicos.
A informação aqui prestada não é surpresa, no entanto é algo que ainda não foi devidamente explicado e desenvolvido.
O que é grave e falacioso é ao longo destes quatros anos o executivo ter-se dado ao despudor de fazer apresentações em stands, distribuir brochuras e outras propagandas aludindo a projectos que o incauto cidadão, entende como projectos de inspiração do poder, quando são somente projectos privados.
O que é preciso inverter é a estratégia de gestão: quem vai para a Câmara tem que ter uma visão do espaço e qual o aproveitamento a dinamizar e a partir daí lança as candidaturas a promotores privados. Isto chama-se qualidade de vida de futuro.
Os processos têm andado ao contrário por falta de capacidade de visão dos decisores políticos que têm governado a CMA ao longo destas décadas.
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