21 setembro 2008

Alcochete


Uivos de ventos vindos do mar
Paredes chegadas
Medos encobertos
Gritos de moiras do fundo das eras
Gemidos de dor
Suores de morte
Pardais às revoadas
Adufas ao chão
Manda o patrão.

7 comentários:

Unknown disse...

Ainda me lembro das adufas (rótulas ou gelosias) pintadas de todas as cores em tudo o que era janela e porta das casas desta terra de Alcochete.
Um administrador mandou arrancá-las. Agora estão a recuperá-las.
Outro traço saudoso desta vila de Alcochete eram os chafarizes por toda a parte. Alguns não deixavam de ser autênticas obras de arte, caso do que estava no Largo Marquês de Soydos.
As faluas, depois de não servirem, deixámos apodrecer umas na Praia dos Moinhos e na das Hortas, outras vendemo-las a estrangeiros.
Há quem não goste deste tipo de discurso sobre Alcochete. Será que essas pessoas são mais alcochetanas ou amem mais Alcochete do que eu?

Fonseca Bastos disse...

Hoje o que pontua a paisagem são as rotundas. Mas, infelizmente, nenhuma com obras de arte.

Anónimo disse...

DE FACTO ESTOU A FICAR COM A IDEIA DE QUE A NOSSA TERRA SE ESTÁ A ESQUECER DE GRANDE PARTE DAS SUAS TRADIÇÕES E DAS SUAS GENTES,VEJAMOS: A HOMENAGEM QUE FOI FEITA Á DIGMª Mª.LEOPOLDINA GUIA (PILINA PARA NÓS...OS AMIGOS)EM VEZ DE SER NAMOITA NÃO TINHA MAIS SENTIDO SE FOSSEMOS NÓS ALCOCHETANOS E A IMPARCIAL A FAZER A HOMENAGEM. FIQUEI DESILUDIDO, TRISTE ATÉ, MAS ENFIM TENHO QUE RECONHECER QUE TIVEMOS MAIS QUE TEMPO PARA O FAZER DESDE A SUA MORTE E NÃO O FIZEMOS. DE QUALQUER FORMA É SEMPRE BOM SABER QUE " A PILINA" NEM POR TODOS FOI ESQUECIDA.
VAMOS ESTAR MAIS ATENTOS PARA O FUTURO?
N.Boieiro

Anónimo disse...

A Banda do Samouco deciciu homenagear a nossa grande Pilina na terra onde viveu muitos e muitos anos até nos deixar, imortalizando-a com um pasodoble muito bonito que tem o seu nome.
Estive presente na homenagem que aconteceu a meio de um excelente espectáculo de toiros e o cenário não poderia ser o mais indicado e oportuno: praça de primeira cheia de gente aficionada e a rebentar pelas costuras.
Como alcochetana nascida e criada que sou, tenho mais é que deixar rivalidades e orgulhos parvos de parte (sempre fui contra isso e cada vez hei-de ser mais) e dar os sinceros parabéns à outra Banda aqui do concelho pelo gesto tão nobre executado com carinho num momento tão alto como foi a principal corrida da Feira Taurina da Moita: a emoção na cara do Bernardo e do Balé confirmaram sem dúvida isso.
Pilina: onde quer que estejas sei que sorriste na noite em que todos os nossos corações ficaram ainda mais apertados por tua causa... um beijo do tamanho do mundo desta Maria que te adora!!!

Anónimo disse...

Apesar de a ter escutado algumas vezes confesso que não era própriamente assidu das fadestices da SRº.D.LEUPOLDINA GUIA a quem a nossa terra tanto deve. Por Alcochete e para Alcochete organizou inventos gratuitamente para ajudar anónimos colectividades etc. Faço minhas todas as palavras da Maria mas...confesso que não posso deixar de estar triste por ler hoje o jornal da minha terra e nem uma letrinha só ter sido escrita referenciando tão justa homenagem.Na próxima semana estarei atento e espero que esta falha seja reparada. Em meu nome e naturalmente em nome de muitos alcochetanos um muito obrigado ao Catalão (autor da musica) e à Banda do Samouco que não tive o prazer de houvir mas que segundo comentários "de café" tocou e encantou.
Para o Srª Bernardo e Sr. Balé Um grande abraço e um grande bem haja pela mãe e mulher que tiveram e que continuará apesar de alguns contratempos sempre no coração de Alcochete.
João Paulo Xisto

Anónimo disse...

O amigo Paulo não deixa de ter no seu comentário algo que faz sentido. No entanto porque é que não referiu também os autores deste blog e se limitou ao Jornal de Alcochete.
Afinal, também neste espaço, e dado a importância do acontecimento,
uma referência por mínima que fosse ficava bem! Ou será que estou errado?

Anónimo disse...

Olá a todos. Obrigado Banda do Samouco obragadão Catalão. Foi fixe.Eu estava lá vi e ouvi.A entrega da partitura ao Bernardo foi mesmo à maneira. Jocas a todos os que gostavam da nossa querida PILINA