10 julho 2008

Direita e esquerda...outra vez!


Há quem diga e rediga que as categorias direita e esquerda não têm valor nenhum para a análise da realidade política.
Eu cá nunca fui dessa opinião, suspeitando mesmo que o menosprezo pelas categorias direita e esquerda favoreça esta última.
Vejamos então: eu e outros sabemos que o terrorismo não parte dos contingentes de trabalhadores que trabalham nas fábricas e nos campos, mas sim das classes médias. Esta constatação poderia indispor-me intelectualmente com as classes médias se não manuseasse outras ferramentas de análise.
Segundo De Diego, Enrique, El Manifiesto de las Clases Medias, Rambla, 2007, p. 17, «las clases medias se componen de gentes cuya opción de vida no es servirse de los demás, sino servir a los demás; no vivir a costa de los otros, sino de su propio trabajo».
Forçoso é reconhecer que a definição dada por Enrique de Diedo sobre as classes médias se reclama da direita porque privilegia a dinâmica da sociedade contra as mãos mortas.
Aqueles extractos das classes médias dos quais parte o terrorismo, cujo alvo de eleição é a sociedade civil laboriosa e indefesa, são de esquerda, porque, conforme dizem grandes analistas políticos de todos os quadrantes (Daniel Pipes, Jeffrey Nyquist, Thomas Sowell, etc.), há uma aliança estratégica entre o terrorismo e as esquerdas à escala planetária contra as democracias liberais do Ocidente.

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