Aproximam-se
as Autárquicas 2013. É tempo, portanto, de fazer um balanço do que
tem sido a gestão CDU na Câmara Municipal de Alcochete (CMA) e
comparar o que se fez com aquilo que foi prometido no seu compromisso
eleitoral para o mandato de 2009/13.
Efectivamente
muito se prometeu e pouco se realizou durante os últimos quatro
anos. Um rol interminável por cumprir. Apresentaram-se três eixos
estratégicos, contendo cada um deles “montes” de objectivos
operacionais, em relação aos quais infelizmente muito pouco se
concretizou. A grande maioria das promessas ficaram pelo “papel”,
como facilmente se comprova se olharmos agora para o manifesto
eleitoral comunista então proposto em 2009.
Mas o
que se torna de facto preocupante aos dias de hoje é a situação
económica e financeira da CMA. Inegavelmente calamitosa. Por força
de uma gestão que funciona por impulsos avulsos e sem estratégia,
onde a fidelidade partidária e a subordinação a critérios
político-ideológicos prevalecem. Com graves repercussões para o
desenvolvimento de Alcochete.
O modelo
de gestão comunista, assente na tal “tradição de esquerda”, há
excessivo tempo no poder, tornou-se num modelo muito político, pouco
exigente, sem uma visão coerente de futuro, baseado em decisões
lentas e de muito duvidosa qualidade.
Fruto da
sua acção, tem-se verificado uma enorme cedência à pressão
imobiliária em excelentes áreas rurais; permitiram-se loteamentos a
mais, alguns “autênticos bairros fantasmas”; cresceram as zonas
degradadas; manteve-se uma rede viária desregulada e mal tratada;
instalou-se a degradação paisagistica em torno de equipamentos
públicos importantes; persiste a inexistência de políticas de
apoio ao fomento da actividade económica e atracção de
investimento; observa-se a ausência de cooperação e aproveitamento
de sinergias com o munícipio vizinho do Montijo, ambos de “costas
voltadas um para o outro”; perpetua-se uma permanente hostilização
relativamente ao Governo Central, a qual se traduz em maior
dificuldade na adesão aos diferentes programas do QREN e, por
último, o mais grave, foi criada no decurso deste mandato a maior
dívida que o município jamais teve desde os tempos da Restauração.
Tudo
isto mostra à saciedade a incompetência e a gritante incapacidade
do actual executivo, cujo modo de comunicação e marketing político
radica essencialmente na táctica do “beijinho e do abraço”,
nomeadamente à população mais idosa.
Na
realidade, a situação financeira da CMA apresenta-se deplorável.
Numa contínua agonia em que o endividamento e o pagamento adiado
“não se sabe para quando” são a prática corrente. Onde o
desequilíbrio estrutural, seja no tocante aos compromissos
assumidos, seja no âmbito dos recursos humanos ou na organização
dos serviços municipais (a rever em breve por imperativo da Lei), é
por demais evidente e a razão primeira do colapso das suas contas.
Assim, em
síntese, condicionada por compromissos e alianças de natureza
partidária, a vereação CDU, suportada na Assembleia Municipal por
uma base maioritária cujo objectivo incide apenas no mero combate ao
Governo Central, tornou-se impotente para “dar a volta ao texto”
e incapaz de desenvolver políticas de gestão responsavelmente
sustentáveis.
É este
estado de coisas que é importante mudar. Até porque Alcochete tem
futuro.
Tem
futuro com o PSD, não com o PS, do qual nem vale a pena falar porque
com ele já todos sabemos o que “a casa gasta” e que o “dinheiro
é para gastar à tripa forra”.
A tarefa
de assegurar governabilidade à autarquia afigura-se ciclópica. Num
tempo em que a incerteza e a turbulência não permitem entrar pelo
caminho da demagogia e das falsas promessas. Porém, com destreza,
discernimento, uma distinta visão do mundo e sem cedências a
“grupos de interesses instalados”, o PSD tem condições para
encontrar soluções inovadoras para os problemas que afectam a nossa
comunidade, independentemente do que pode vir a encontar “debaixo
do tapete”.
Ao longo
do seu percurso, o PSD tem tido normalmente a responsabilidade
histórica de corrigir os desvarios e desmandos dos outros. Poderá
ser assim também agora em Alcochete.
No seu
projecto político, a educação, como a primeira garantia dos
direitos individuais de cidadania, terá certamente um enfoque
especial. O ambiente e urbanismo configuram uma outra das suas
prioridades porquanto representam um domínio relevante para o
quotidiano dos cidadãos. E a situação sócio-económica da CMA
exige um diferente paradigma de gestão, mais eficiente, transparente
e rigoroso. Igualmente, a recusa em propagandear a realização da
grande obra pública e outras iniciativas que depois “não passam
do “papel” constitui um propósito a ter em conta.
As
propostas do PSD para Alcochete serão sempre propostas exequíveis e
de verdade.
Decorridos
trinta e nove anos de vida em Democracia, revela-se necessário
assumir a diferença e mostrar que o PSD é uma alternativa com
programa, ideias e pessoas capazes. Com responsabilidade na actuação
e sinceridade na palavra, a Dra Rosário Prates e a sua equipa
saberão estar à altura caso Alcochete lhes queira conceder uma
oportunidade.
O nosso
município vive hoje um dos maiores desafios da sua história
recente. Por isso, é incontornável mudar se quiser vir a ter um
futuro mais promissor. As Autárquicas estão aí...