A ser verdade esta noticia há muito que venho a defender esta opção.
A construção de um mini-aeroporto em Alcochete para complementar a Portela, em Lisboa, é uma alternativa que volta a ganhar força junto de diversos meios empresariais e públicos, em comparação com a solução da base aérea do Montijo. O Governo já tem em mãos um estudo - apoiado pelas Ordens dos Engenheiros e dos Economistas e pela Associação dos Pilotos Profissionais de Linha Aérea (APPLA), e realizado por cinco consultoras de engenharia -, que conclui que a melhor solução para acompanhar o aumento previsto de tráfego na Portela é construir uma pista de cerca de 3.300 metros no Campo de Tiro de Alcochete. Um investimento avaliado em 230 milhões e que estaria concluído num prazo de cinco anos.
O estudo "Aeroporto Complementar Lisboa Alcochete", a que o Diário Económico teve acesso, foi entregue à secretaria de Estado dos Transportes, em Maio, e já está na posse da Confederação do Turismo Português, TAP, ANA, Brisa, Lusoponte, BESI e câmaras municipais da Margem Sul, entre outras entidades.
"A solução do ‘Portela+1' está limitada no tempo, porque a partir de uma certa altura não há perspectivas de crescimento. E isso terá influência nas empresas que estiverem interessadas na privatização da ANA e da TAP, porque essas empresas também precisam de perspectivas de expansão dos seus negócios", defende Artur Ravara, um dos autores do estudo e um dos mais conceituados especialistas aeroportuários de Portugal.[CORTE_EDIMPRESSA]
As privatizações da ANA e da TAP estão em curso (ver texto ao lado), mas saber se as duas empresas poderão operar com infra-estruturas com capacidade de expansão futura é um factor decisivo nestes processos. Por razões físicas, a Portela não pode expandir-se a partir de dos 17 a 18 milhões de passageiros anuais sem perder os padrões de qualidade internacionais, enquanto a base aérea do Montijo implica uma série de constrangimentos.
"A solução que defendemos não é a construção de um novo aeroporto de Lisboa, com um valor de investimento de cerca de três mil milhões de euros, para o qual, neste momento, não há dinheiro disponível. É uma solução complementar que poderá no futuro vir a ser definitiva", acrescenta Artur Ravara (ver texto ao lado).
"Depois de analisarmos este estudo, percebemos que existe uma alternativa viável ao ‘Portela+1' defendido para Sintra, Alverca ou Montijo. Consideramos que todas essas três opções são más e que a única que pode ser exequível é a ‘Portela+Montijo'. Mas uma análise do funcionamento dos dois aeroportos em conjunto indica que existem sérias restrições em termos de funcionamento de movimentações por hora por questões de segurança e de incapacidade de controlo do espaço aéreo", defende o presidente da APPLA, Pedro Santa-Bárbara.
"A solução ‘Portela+Montijo' é muito mais onerosa para o País a médio e longo prazo do que a construção faseada no Campo de Tiro de Alcochete. O nosso objectivo é sensibilizar as pessoas que vão decidir para não tomarem decisões precipitadas, tendo em conta o aumento do volume de tráfego esperado para a Portela", sublinha Pedro Santa-Bárbara.
O Governo nomeou, a 20 de Janeiro, uma equipa de missão com o objectivo de apresentar até Abril ou Maio deste ano um estudo comparativo da viabilidade operacional e económico-financeira das alternativas das bases aéreas de Alverca, Sintra e Montijo. As conclusões dessa análise, apesar de não terem sido divulgadas publicamente, terão indicado que a hipótese menos má seria a base aérea do Montijo funcionar como infra-estrutura complementar à Portela. O Governo comprometeu-se a tomar uma decisão definitiva sobre a matéria, mas tal ainda não ocorreu.
Até ao fecho da edição não foi possível obter comentários do Ministério da Economia sobre o assunto.
POR Nuno Miguel Silva
31 agosto 2012
20 agosto 2012
VOTO DE CENSURA À ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALCOCHETE
Acabaram as Festas do Barrete Verde e das
Salinas deste ano.
Apesar de se viver ainda um momento de
lazer, estive a ler o último jornal de propaganda da Câmara Municipal de
Alcochete.
Fiquei desagradavelmente surpreendido com
uma informação no que respeita às deliberações da Assembleia Municipal. Não
tenho memória de se ter recusado um voto de pesar pelo falecimento de um
cidadão.
Duas conclusões podem retirar-se daquela
deliberação: houve uma cobardia total por parte de quem propôs (Partido
Socialista) e da maioria em aprovar o voto secreto e caiu a máscara de qua a esquerda
que governa há anos os destinos em Alcochete serem pessoas educadas e
respeitadoras do ser humano.
Quantas vezes já ocorreram votos de pesar
passarem com uma maioria de abstenções, porque acima de tudo impera a dignidade
pelo ser humano falecido e respeito pelos familiares.
A Assembleia Municipal de Alcochete prestou
um péssimo serviço à comunidade com aquela deliberação; da minha parte ficam
censurados.
07 agosto 2012
QUE FUTURO PARA O ALCOCHETENSE?
Agosto, identifica
Alcochete em festa. Este ano a crise provoca algumas consequências no
quotidiano dos cidadãos. No entanto não deixamos de nos preocupar com o que é
nosso.
Tenho há
muito pugnado pela transparência e clareza das atividades dos bens públicos
sejam eles diretos ou indiretos, como por exemplo os clubes desportivos. Há
anos que afirmo que o modelo da atividade empresarial não se adequa em pleno à
gestão desportiva. Um bom gestor desportivo deve ser mais rigoroso e correr
menos riscos do que na atividade comercial, porque as componentes que contribuem
para o insucesso são enormes.
O Grupo
Desportivo Alcochetense é o clube mais representativo do concelho e com um longo
historial. Na edição anterior o Presidente da Mesa da Assembleia geral prestou
um enorme serviço ao clube ao conceder a entrevista que deu. Conhecendo a sua
larga experiência e a relação afetiva que tem ao clube, senti que estava a dar
um grito de alerta aos membros da Direção com intuito de que o atual estado da
“coisa” não pode continuar.
Depreendi
das suas palavras que os Estatutos e Regulamento Interno não estão a ser
cumpridos por falha grave do órgão executivo. É de todo incompreensível que ao
longo destes anos não tenha ocorrido uma proposta para adaptar e modernizar as
normas vigentes no clube. Se tal não foi feito deveria ter-se realizado a
Assembleia-geral ordinária em Janeiro. Há sete meses de incumprimento!
Mesmo que
se atenda às razões válidas para a não apresentação de contas naquela data, os
associados devem questionar por que razão os prazos junto das entidades foram
cumpridos, por exemplo a entrega de contas nas Finanças, até final de Maio e
não ocorreu anteriormente a Assembleia-geral para a apresentação de contas aos
associados. Afinal que modelo de gestão existe no clube? A que se deve esta
falta de respeito pelos associados?
Das
palavras do Presidente da Mesa da Assembleia-geral depreende-se que o Conselho
Fiscal não se pronunciou sobre as contas por não estarem os documentos em
conformidade para tal. Acredito que tal tenha ocorrido, mas fica-me uma dúvida:
quem sancionou o ato junto das entidades públicas.
Urge
corrigir anomalias desta natureza e âmbito porque o clube pode ser gravemente
lesado. Os associados têm que saber a verdade e documentada sobre o modo como tem
sido feita a gestão no ano 2012, apesar de não haver mandato para tal. A atual
direção tem que explicar se houve atraso no pagamento a credores ou não e o
modo como esses processos foram liquidados.
O futuro
tem que ser repensado. Infelizmente, no país abundam casos de instituições
desportivas praticamente extintas em consequência de atos lesivos por parte de
inúmeros dirigentes. Atendendo à História que o Grupo Desportivo Alcochetense
possuiu urge tomar decisões para que o futuro não seja tão negro.
Recordo o
artigo 20º do Regulamento Interno, na sua alínea b) diz o seguinte: “São
deveres dos sócios: Honrar o G. D. A. e contribuir para o seu prestígio em
todas as circunstâncias”. Felizmente e em data recente surgiu um acórdão de um
Tribunal que considera que todo e qualquer dirigente de clube ou de outro tipo
associativo, poderá ser responsabilizado por gestão danosa. Faço votos que não
estejamos próximos de uma situação deste âmbito.
Os
campeonatos desportivos vão recomeçar e o impasse na transparência mantém-se.
Não é viável projetar um plano sem que antes se analise a situação financeira
do mandato findo, e obviamente com a maior urgência os atos administrativos
efetuados no decorrer do ano de 2012.
Deixo um
alerta e apelo aos associados para que antes de avançar-se para um processo
eleitoral que se nomeie uma Comissão de Administrativa / Gestão composta por
cinco membros, na qual estará obrigatoriamente um elemento indicado pela
Direção, outro pelo Conselho Fiscal e três associados. Tal Comissão terá um
mandato de três meses para criar as condições ideais para que o ato eleitoral
decorra com o cabalmente esclarecimento da massa associativa.
Eu
acredito no G. D. A. !
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