Enquanto no município de Beja se cumprem promessas eleitorais de envolvimento da população nas decisões camarárias, entre o rio das Enguias e a praia de Samouco – onde também se prometeu muito, mas nada de significativo foi ainda notado nem pelos condescendentes – fazem-se os possíveis para manter as pessoas tão distantes quanto possível dos processos autárquicos.
E não me digam que as reuniões camarárias descentralizadas representam algum avanço nessa matéria, pois não se enxergam quaisquer vantagens nem as reuniões têm sido aproveitadas para a apresentação e esclarecimento de ideias e projectos de interesse local.
Bem pelo contrário, as pessoas conhecem cada vez menos e estão ainda mais alheadas da realidade autárquica do que há 10 meses.
Em menos de um ano fazer pior era difícil.
Muito antes das últimas eleições autárquicas, eu disse publicamente que Luís Franco, em caso de vitória da CDU, ia ser o Miguel Boieiro do séc. XXI. Quando escrevi isto, creio bem que no Tágides, já estava conscientíssimo de que para o jovem candidato comunista não havia outra saída.
ResponderEliminarA CDU ganhou e eu vejo que não me enganei.
Simplesmente os tempos são outros. Em Alcochete não havia a Internet. Hoje, em segundos, eu tenho possibilidades de informar muita gente de qualquer coisa que a Câmara faça contra os interesses da comunidade. Organismos como o IGAT têm na Internet uma janela aberta para queixas do cidadão. Em Alcochete há um Blog atento, disposto a denunciar toda a espécie de negligências, irregularidades e prepotências da Câmara.
Os tempos do Franco não são os do Boieiro.
«Continuem confiando nessa gente e ela [vos] roubará tudo, a liberdade, a bolsa, a vida e o último resíduo de dignidade, como roubou no Leste Europeu e em Cuba. E, se vocês acham que existe algum esquerdista mais honrado que o outro, não estão de todo errados: o antecessor é quase sempre um pouco menos canalha do que o sucessor» (Olavo de Carvalho, 7 de Set. de 2006).
ResponderEliminar