Sem surpresa, embora lamentando-o, verifico que o município de Alcochete continua um deserto de ideias e de projectos susceptíveis de financiamento por fundos comunitários.
O problema é antigo e inexplicável, perdendo-se sucessivas oportunidades de captar cooperação, conhecimento e ajudas ao planeamento e desenvolvimento harmonioso do território.
Vem isto a propósito da operação-quadro de cooperação regional denominada MARE (Mobilidade e Acessibilidade Metropolitana nas Regiões do Sul da Europa), financiada por fundos comunitários, que se propõe encontrar novas soluções para os problemas da mobilidade e acessibilidade nas regiões metropolitanas de Lisboa, Ligúria e Comunidade Valenciana.
Esta operação tem como objectivo central a criação de uma estratégia integrada de mobilidade metropolitana que potencie o desenvolvimento e a competitividade internacional e resulta do trabalho conjunto das regiões participantes.
Através da partilha de experiências, a MARE propõe-se desenvolver novas abordagens e introduzir novos instrumentos, com vista à definição de soluções inovadoras para os problemas da mobilidade metropolitana nas regiões do sul da Europa.
Embora todos conheçam – quanto mais não seja por dolorosa experiência própria – os problemas de mobilidade dos alcochetanos, surpreendentemente o nosso município não consta da relação de entidades que, até à data, submeteram propostas de sub-projectos à iniciativa MARE.
Mas está muito a tempo de fazê-lo, porque o prazo-limite de submissão de propostas é o dia 16 de Outubro.
Já nos anos 80, o meu irmão e eu fazíamos este tipo de denúncias públicas no jornal "Echo d'Alcochete". Portanto, parece que se trata de um mal intrínseco que nunca recebeu cura.
ResponderEliminarE as causas deste estado de coisas? Ignorância? Desinteresse pelo desenvolvimento? Sem excluir a primeira hipótese, para mim tem mais peso explicativo a segunda porque não é com a prosperidade das comunidades que o comunismo medra.